terça-feira, 28 de julho de 2009

Fala no nível Global e Local

Fala no nível local – A conversação se estabelece por meio de turnos, onde os interlocutores se alternam e desenvolvem suas falas um após o outro, podendo haver hesitação, sobreposição e assalto. A conversação se dá através de pares, em que a resposta do segundo fica condicionado a pergunta do primeiro e assim por diante.

Ex

F1 a aula de hoje foi muito boa.

F2 também gostei muiiito..... Toda semana poderia ter filmes.

F1 pois, é, eu não iria mais faltar.

No exemplo F1 comentou sobre a aula, que condicionou F2 a responder a pergunta e que levou novamente F1 a comentar o assunto.


Fala no nível global – Mesmo mantendo uma organização local na conversa, a formulação obedece certas regras global, ou seja mesmo com turnos o universo da conversa é alargado.


Ex.

F1 Pois é vi o seriado ontem e gostei da roupa da Paty. É daquele jeito que quero comprar minha blusa.

F2 Caracaaa fui ao shopping ontem e comprei uma sandália linda estou muito feliz, espero que minha mãe não brigue.

F1 Eu adoro ir ao shopping, por que você não me chamou.

F2 Fui com minha tia e fui rápido

F2 Mas me diz uma coisa, os Pais da Paty brigaram com ela porque ela foi à festa?


No exemplo F1 comenta sobre um sereado [seriado] de televisão que é conhecido das participantes da conversa, e diz que quer uma blusa igual à da atriz do sereado, isso leva F2 a comentar um fato acontecido com ela, pois ela ligou a compra da blusa a sua ida ao shopping, depois de uma fala sobre o assunto F2 pergunta novamente sobre o sereado retornando ao assunto inicial e dando movimentação do discurso que tem inicio, mas é interrompido pela digressão que é o desvio do tópico discursivo.

Ex

F1 a aula de hoje foi muito boa.

F2 também gostei muiiito..... Toda semana poderia ter filmes.

F1 pois, é, eu não iria mais faltar.

No exemplo F1 comentou sobre a aula, que condicionou F2 a responder a pergunta e que levou novamente F1 a comentar o assunto.

Atividade Conversacional

Para haver uma atividade conversacional há necessidade de dois ou mais interlocutores que se alternam constantemente em qualquer tema. A conversação pode conter elementos como pausa, hesitação, alongamento de vogais e consoantes, repetições, ênfase, truncamentos entre outros.

Os participantes da conversa organizam as falas em turnos e se alternam sem disposição fixa, caracterizando encontro relativamente simétrico, onde os interlocutores tem o mesmo direito de ter a palavra, escolher o tópico discursivo, direcioná-lo e estabelecer o tempo de participação e o relativamente assimétrico, onde a palavra pertence a um dos interlocutores que começa o diálogo, conduz e pode mudar o tópico.

O modelo organizacional proposto para conversação espontânea destaca as seguintes variáveis:

Tópicos ou assunto, serve para estabelecer e manter os relacionamentos sociais, pois abrem e mantem o canal de comunicação proporcionando o contato entre os participantes.

Tipo de situação onde no encontro face a face, mesmo o assunto sendo em comum, é preciso estar atento não só as atividades verbais, mas também as atividades não-verbais, como gestos e movimentos, pois a situação pode afetar a conversação.

Papéis dos participantes, salienta que dependendo da situação temos que nos comportar de modo particular, assim é determinado o tipo da fala.

O Modo do discurso é determinado pela da interação dos participantes, que pode ter uma grau maior ou menor de formalidade, já o meio do discurso trata-se de como a conversa é estabelecida, pode ser face a face, via telefone, internet e outros.



Coesão Referencial, recorrencial ou sequencial

Coesão referencial, pode ser caracterizada pela alta repetição do texto falado e é perceptível com facilidade isso acontece para facilitar o sentido da fala.

Ex estávamos almoçando quando telefone tocou...o telefone tocou e interrompeu o almoço, pois ninguém gosta quando o telefone toca na hora do almoço, pois o pessoal sabe que é trabalho e na hora do almoço o pessoal quer descansar.


Coesão recorrencial, tem como elemento a presença de paráfrase.

Ex.

F1 Ela estava belíssima naquela noite do casamento.

F2 ela estava muito bela naquela noite do casório.


Coesão seqüencial, pode ser observada através dos conectores, ele promovem continuidade ou funcionamento para o turno.

Ex

F1 é... nós vamos almoçar fora hoje!

F2 nós

F2 Hoje? Mas por que?

F1 Humm

F1 Por que hoje é aniversário da Dilma.

terça-feira, 30 de junho de 2009

Práticas de linguagem oral e alfabetização inicial na escola: Perspectivas sociolinguísticas

A Criança compreende seu modo de escrever, mas não consegue compreender o que lhe é transmitido.

"A Criança compreende o que faz, mas não pode compreender o que os outros fazem. Também não pode compreender a informação que recebe."

O Professor precisa isentar a visão pré formulada de que a criança tem uma deficiência de cultura ou formação e esquecer o pensamento de que a criança chega vazia, é preciso estar atento ao "leque de habilidades" que a criança formula antes de iniciar-se na escola.

Linhas de ação

Abordagem tradicional

Baseia-se nos métodos de alfabetização introduzidos nas escolas brasileiras no final do seculo 19. O professor é o agente principal e a criança tem um papel assivo. Ela apenas absorve o que é ensinado. valoriza o acúmulo de informação e a memorização, por meio de atividades de terino, repetição, e cópia.


Construtivismo

Baseia-se nas teorias de desenvolvimento e aprendizadgem desenvolvida pelo teorico suíço Jean Piaget e aperfeiçoada por especialistas como a argentina Emília Ferreiro. Defende que a construção do conhecimento é uma realização individual. O aluno é o agente do processo, e o professor é um supervisor, a quem cabe propor novos desafios conforme a criança atinja diferentes etapas do seu desenvolvimento.

Socioconstrutivismo

Ele foca a inte­ra­ção. ­Segundo ­Vygotsky, todo apren­di­zado é neces­sa­ria­mente ­mediado – e isso torna o papel do ­ensino e do pro­fes­sor mais ativo do que o pre­visto por Pia­get. O apren­di­zado não se subor­dina ao desen­vol­vi­mento das estru­tu­ras inte­lec­tuais da ­criança, mas um se ali­menta do outro, pro­vo­cando sal­tos qua­li­ta­ti­vos de conhe­ci­mento. O ensino deve se ante­ci­par ao que o aluno ainda não sabe nem é capaz de apren­der sozi­nho. É a isso que se ­refere um de seus prin­ci­pais con­cei­tos, o de "zona de desen­vol­vi­mento pro­xi­mal", que seria a dis­tân­cia entre o desen­vol­vi­mento real da ­criança e ­aquilo que ela tem poten­cial de apren­der, ou entre "o ser e o tor­nar-se".

Contextos da alfabetização na sala de aula

A Visão construtivista e a socioconstrutivista ajudou a modificar a visão tradicional que descrevia as crianças como imaturos e necessitados de preparação antes de aprender.

No construtivismo e o socioconstrutivismo os meninos e meninas são expostos a diversidades de materias impressos, tem contatos com adultos lendo e escrevendo, estão dispostos e motivados a participar dessas atividades interagindo com a fala e leitura de textos em voz alta.

Folhear um jornal ou uma revista, ver um filme, manipular livros e textos ouvir leituras em voz alta, reproduzir textos longos, observar dicionário, todos esses pontos são importantes para o contexto da alfabetização, a informação recebida são processadas e assimiladas pelas crianças e ajudam no processo de leitura e escrita.

O aluno alem de ler, tem que perceber o que é, e para que se destina o texto, por exemplo um dicionário ele não é necessariamente para ser lido de forma continua, temos que informar ao aluno que ele é um livro para consulta e orienter e estimular a antes de pesquisar no dicionário esgotar as possibilidades de saber o significado da palavra. É necessario que o aluno conheça a estrutura do texto, importante ele saber distinguir o que é um verso ou poema, um texto de revista em quadrinhos, uma bula de remédio, conhecer o tipo de organização do texto, os espaços entre linhas e os parágrafos, ou seja, identificando a estrutura ele poderá reproduzir e trabalhar de forma mais fácil e simples.

Ao utilizar esses recursos em sala de aula o professor também tem que estar atento para não deixar seus alunos somente como observador, ou seja, ao utilizar todos os contextos de leitura e escrita ele precisa certificar-se de que o aluno alem de observar ele irá participar e se envolver com o projeto, porque observar não pode ser somente um ato passivo, e o professor tem que estar pronto para questionar, pois o processo de escrita não é mecanica, ela precisa de interação, e questionando o professor tem a capacidade de fazer o aluno pensar.

A criança mesmo antes de aprender a ler e escrever é capaz de distinguir a diferença entre oral e escrita, ela não tem dominio da escrita mais pode ditar frases para o adulto escrever. Pode modificar uma historia em quadrinhos que tenha escutado e identifica o nome e a figura.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Gênero Textual e Tipologia Textual

Ao procurar referências sobre esse assunto me deparei com dois nomes, por coincidência dois Luiz, o primeiro é o de Luiz Carlos Travaglia, Professor e Doutor de Língua Potuguesa e Linguística da Universidade Federal de Uberlândia e o segundo é o Professor Luiz Antônio Marcushi, Professor de linguística da Universidade Federal de Pernambuco. Tentei resumi, abaixo, os pensamentos sobre o assunto


Marcushi - "Gênero Textual é definido como uma noção vaga para os textos materializados encontrados no dia-a-dia e que apresentam características sócio-comunicativas definidas pelos conteúdos, propriedades funcionais, estilo e composição característica."


Quando Marcushi defini Gênero textual dessa forma, me remete a trazer o exemplo de jornais e revista, pois temos no jornal e na revista textos que são publicados com agilidades, com notícias reais do nosso cotidiano e que estão ali para comunicar e informar. Ele ainda cita alguns exemplos de gêneros textuais, como:Aviso, comunicado, edital, informação e citação, todos com uma função social.

Travaglia - "Gênero Textual se caracteriza por exercer uma fu
nção social específica. Para ele, estas funções sociais são pressentidas e vivenciadas pelos usuários. Isso equivale dizer que, intuitivamente, sabemos que o gênero é usado em momentos específicos de interação, de acordo com a função social dele. Quando vamos escrever um e-mail, sabemos que ele pode apresentar características que farão com que ele “funcione” de maneira diferente. Assim, escrever um e-mail para um amigo não é o mesmo que escrever um e-mail para uma universidade, pedindo informações sobre um concurso público, por exemplo."

Tipologia textual Para Marcushi é um termo que deve ser usado para designar uma espécie de sequência teoricamente definida pela natureza linguística de usa composição. Tipo textual pode ser Narração, argumentação, exposição, descrição e injunção.

Já para Travaglia, Tipologia textual é aquilo que pode instaurar um modo de interação, uma maneira de interlocução, segundo perspectivas que podem variar.

" O Trabalho com textos e com diferentes tipos de texto é fundamental para o desenvolvimento da competência comunicativa."(Luiz Carlos Travaglia)


"...Não é possível ensinar narrativa em geral, porque, embora possamos classificar vários textos como sendo narrativos, eles se concretizam em formas diferentes." ( Luiz Antônio Marcushi)






terça-feira, 19 de maio de 2009

Atividades para estimular o desenvolvimento da criança

Objetivo

  • Desenvolver habilidades linguísticas e cognitivas

  • Perceber os sons da língua
Material
  • Música infantil ou música de boa qualidade, que possa criar campo para a atividade.

Como fazer

  • Reunir a turma para escutar as músicas, aconselhavél repetir duas ou tres vezes as músicas , pode ser trechos ou a música toda.Sem o som original, pedir para os alunos cantarem as músicas e logo após conversar com a turminha para saber o que acharam da música, sobre o que ou quem ela fala e qual a parte que eles mais gostaram. De acordo com a conversa, retirar frases da música ou palavras e propor ao aluno a reprodução da frase e o significado de algumas palavras.

Objetivo

  • Desenvolver e estimular a memorização
  • Familiarizar – se com a forma e a ordem das letras do nome


Material

  • Tiras de papel com cada nome escrito, cola, folhas e tesoura.

Como fazer

  • O professor ou a professora dara a cada criança uma tira de papel com seu nome escrito com letras maiuscula e cada letra separada por linhas. As crianças recortarão a tira de papel pelas linhas, formando quadrados, de modo que as letras fiquem separaas. A seguir,as crianças poderão brincar um pouco com as letras de seu nome e tentarão põ-las em ordem. Depois, as colocarão numa folha.

Processos iniciais da leitura e escrita


Texto utilizado: Processos iniciais da leitura e escrita
Autora:
Roseneide Magalhães


A aula foi produtiva, falamos sobre a iniciação da leitura e da escrita na alfabetização, foi exposto que o aluno já vem pra sala de aula com sua própria noção de leitura, conhece
símbolos e marcas e essa carga que o aluno traz pode ser utilizada de forma positiva para melhorar e estimular seu aprendizado.


Eu percebi que a influência dos meios de comunicação, principalmente a televisão, é responsável pelo despertar da criança sobre essa leitura, toda particular que elas fazem, para complementar o meu pensar escolhi um trecho do texto:


“Em um mundo decorado de letras, números, cores, imagens, sons, as crianças, desde cedo, lêem e escreve ao seu modo sem os conhecimentos legitimados da escola, formulam sua hipóteses e vão lendo de sua forma”

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Espero que para nós educadores e futuros educadores, realmente, a estrada vá além do que nossa visão possa alcançar para fortalecermos ainda mais a educação para ser um meio de mudança e crescimento e um agente transformador do nosso meio.

A Carta de Apresentação

Duque de Caxias, 04 de Maio de 2009

Olá!!!!Pois blog...

Eu Sou a Renata, tenho 25 anos, casada, tenho uma filha linda e maravilhosa e uma família que é a minha base. Sou aluna da UERJ desde 2004, tranquei a matrícula no final de 2005 e ratornei no começo de 2008, espero concluir o curso em junho de 2010.

O Titulo do blog é "Além do que se vê" em referência a uma música do Los Hermanos que é uma banda Maravilhosa, também gosto Barão Vermelho, Titãs, Paralamas, escuto alguma coisa de Bossa nova e MPB, gosto de Samba e o que tocar no rádio, com bom senso, eu escuto.

A melhor maneira de aproveitar meu tempo disponível é ficando com minha filha, pois além de estudar eu trabalho há três anos no faturamento de uma empresa, fornecedora de alimentos, essa rotina é complicada pois torna-se muito cansativa.

Não sou habilidosa para me expressar, principalmente quando pessoas desconhecidas podem ler, por isso vou parar por aqui e como as postagens terão que ser constantes, precisarei me adaptar.



Atenciosamente,

Renata Cristina